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Fortaleza Ceará A história do Brasil começa oficialmente em 22 de abril de 1500, quando o navegador português Pedro lvares Cabral chegou ao litoral da Bahia (há, no entanto, evidências não oficiais de que outros navegantes espanhóis teriam visitado o litoral do Ceará e Pernambuco antes de Cabral). Com recursos escassos (humanos e financeiros) para colonizar as novas terras encontradas, o rei de Portugal dividiu o país em capitanias, que foram doadas para serem exploradas por empreendedores privados.. A Capitania do Ceará foi doada a Antônio Cardoso de Barros, mas ele nem se deu ao trabalho de ver suas terras.. A maior parte do Cear está localizada em uma zona semi-árida, com pouca umidade e solo pobre; Assim, no século XVI, enquanto a província vizinha de Pernambuco prosperava com o cultivo da cana-de-açúcar, o Cear estava completamente abandonado, deixando espaço para os corsários (particularmente franceses) se tornarem amigos e fazer negócios com os índios locais (os índios exploraram o pau-brasil - árvore nacional do Brasil - e comercializaram espelhos e bugigangas). Somente em 1603 os portugueses enviaram uma missão exploratória, comandada por Pero Coelho de Souza, que fundou um pequeno forte na foz do rio Cear, chamado Forte de São Tiago (que, por mais estranho que pareça, se traduz como Forte de São James); Coelho de Souza, no entanto, não conseguiu aguentar as hostilidades dos índios e a rutidez do longo período de seca na primeira década desse século.. Em 1612, outro português, Martins Soares Moreno, chegou ao Cear com a missão de combater os franceses e reivindicar as terras para a coroa portuguesa; Soares Moreno venceu os franceses, expandiu o Forte de São Tiago e mudou seu nome para Forte de São Sebastião (Forte de São Sebastião). Fort Schoonenborch, do artista holandês Algemeen Rijksarchief Em 1630, os holandeses invadiram Olinda e Recife. Em 1637, os holandeses levaram Natal (ver História de Natal); também em 1637, os holandeses tomaram o Forte de São Sebastião e dominaram o Ceará; em 1644, portugueses e índios lutam contra os holandeses, e o forte de São Sebastião é destruído. Em 1649, os holandeses construíram outro forte, às margens do rio Paje, e o chamaram de Forte Schoonenborch.. Em 1654, os holandeses são expulsos do Brasil; os portugueses levam Schoonenborch, e mudam seu nome para Fortaleza de Nossa Senhora de Assunção (Fortaleza de Nossa Senhora da Assunção). Uma vila cresceu em torno da fortaleza e acabou sendo chamada de Fortaleza.

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Em 13 de abril de 1726, Fortaleza tornou-se capital do Ceará; o aniversário da cidade é comemorado nesta data. Embora os portugueses tenham lutado muito para recuperar o Cear dos holandeses, não havia muito interesse em desenvolver a área.. O clima árido e o solo arenoso impediram o cultivo da cana-de-açúcar; mais tarde, quando o ouro foi encontrado nos estados centrais, a administração do Brasil foi transferida para o Rio de Janeiro, ainda mais longe do Cear . Durante séculos, a economia do Cear baseou-se em três fatores: agricultura de subsistência; a pecuária, nas terras do interior do Estado; e a produção de sal, na costa oriental do Estado. O gado era essencial para a prosperidade das fazendas de cana-de-açúcar: a carne bovina alimentava as pessoas que trabalhavam nas fazendas; o couro era usado para confecção de roupas; e vacas e cavalos foram utilizados como fontes de energia e meios de transporte. Os fortes ventos que sopram no Cear e a alta salinidade do mar fazem da costa oriental uma área ideal para a produção de sal marinho. O sal era usado para cozinhar e conservar alimentos (o sal retém a água, dificultando a proliferação de microrganismos). A combinação de carne e sal foi a origem da carne de sol, até hoje um dos pratos regionais mais típicos do Ceará. . Em 1799, o Ceará tornou-se uma província (até então subordinada à Província de Pernambuco); durante o período do Império (1822 - 1889), Fortaleza ganhou o status de cidade, e alguns administradores (notavelmente Antônio Rodrigues Ferreira e Adolfo Hebster) realizaram a urbanização da cidade. No entanto, a pobreza maciça e o sentimento de abandono do Ceará e de outras províncias vizinhas levaram à ocorrência de vários movimentos populares, como a Balaiada (Maranh, 1830 - 1841) e a Cabanada (Pernambuco, 1832 - 1835), ambos exigindo melhorias nas condições sociais, e a Confederação do Equador (Pernambuco, Pará, Rio Grande do Norte e Ceará, 1824), que exigiu a instituição de uma República, ao invés de um Império.. Depois que as revoltas foram controladas, outro movimento ganhou força no Cear: a liberdade dos escravos. Como as fazendas de cana, que usam mão-de-obra escrava intensiva, não prosperaram no Cear, a província não seria muito afetada pela abolição da escravidão.. Em 1884, a província foi a primeira no Brasil a abolir a escravidão; a figura de Drag o do Mar foi protagonista deste capítulo da História. Em 1889, uma república federativa foi proclamada no Brasil. Com o federalismo, o agora Estado do Ceará tinha voz para reivindicar mais financiamento oficial, mas a falta de recursos naturais e de coberturas competitivas impedia o progresso econômico..

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Além disso, nas primeiras décadas da República, o poder político foi exercido pelos Estados mais ricos de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais, que pouco se preocupavam com os estados do norte.. Em 1930, numa reação contra as oligarquias dominantes, Get lio Vargas se torna presidente com poder ditatorial; em 1945, depois da derrubada de Vargas, o Brasil é mais uma República Federativa, com preocupações sobre as desigualdades socioeconômicas. Em 1952, o presidente Vargas (desta vez eleito pela votação) criou o Banco do Nordeste do Brasil, com sede em Fortaleza, para fornecer crédito a novos empreendimentos no Nordeste do Brasil.. Em 1959, o Presidente Juscelino Kubitschek cria a SUDENE, Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste, com a função de fomentar projetos de interesse social (recentemente, a SUDENE foi reformatada e transformada em ADENE). Apesar das acusações de corrupção, os fundos do BNB e da SUDENE de fato ajudaram a economia da região. Durante os anos 1960, 1970 e 1980, algumas indústrias floresceram, como sapatos, têxteis, processamento de alimentos, agricultura, petróleo e outros minerais.. O Cear, no entanto, permaneceu como um dos estados com pior economia e piores indicadores sociais. Nos anos 80 e 90, o Cear (e Fortaleza em particular) encontraram sua verdadeira vocação: o turismo. Boca a boca sobre as belezas do Estado, junto com campanhas de marketing na mídia brasileira tornaram Fortaleza um dos destinos mais populares do Brasil. Investimentos pesados, tanto privados quanto oficiais, melhoraram a infraestrutura do turismo (rodovias, aeroportos, hotéis, restaurantes, policiais, etc). Os estrangeiros chegaram em seguida, tanto para investir quanto para desfrutar. Desde o início da década de 1990, os sucessivos governos têm sido reconhecidos como éticos e eficientes, melhorando os indicadores sociais e econômicos.. Cear hoje é um estado com excelentes perspectivas.